domingo, 19 de julho de 2020
terça-feira, 14 de julho de 2020
sexta-feira, 29 de maio de 2020
As Flores do Mal
Disponível em: https://relogiodagua.pt/produto/as-flores-do-mal-2/ e a chegar às livrarias: As Flores do Mal, de Charles Baudelaire (trad. de João Moita)
«A edição que
agora se apresenta contém todos os poemas da segunda edição de As Flores do
Mal, de 1861, seguida dos 6 poemas condenados e dos 24 acrescentos à
terceira edição, excluindo a tradução de Longfellow. É, por isso, a mais
completa edição em Portugal da obra poética de Charles Baudelaire, depois do
esforço sumamente meritório de Fernando Pinto de Amaral (que incluía apenas a
segunda edição e os poemas condenados) e das inspiradas derivas de Maria
Gabriela Llansol (que incluía a segunda edição, os poemas condenados e apenas
os poemas acrescentados à terceira edição que não constavam de Épaves).
Há também registo de uma edição parcial da obra, publicada em 1909 e traduzida
por Delfim Guimarães, que não pude consultar.
Acrescentou-se
ainda em Apêndice, a título de curiosidade, os projetos de prefácios que
Baudelaire redigiu para a segunda e uma eventual terceira edição da obra, e que
nunca chegou a publicar, bem como as notas que grafou para o seu advogado
aquando do processo judicial que levou à condenação do livro.
Caberia aqui,
como é apanágio nestas ocasiões, socorrer-me do clássico recurso retórico de captatio
benevolentiæ, no qual o tradutor chama a atenção do benevolente leitor para
as necessárias fragilidades que um exercício desta natureza sempre comporta, ao
mesmo tempo que expõe o método que em teoria terá usado, mas que na prática não
conseguiu aplicar mais do que uma ou duas vezes, as necessárias para dele poder
extrair um ou dois exemplos. Eximo-me a esse esforço, deixando ao leitor, que
se espera implacável e ferino, a tarefa de escrutinar os méritos que a tradução
possa ter ou de lhe apontar os defeitos. Deixo apenas a ressalva de que se
respeitou escrupulosamente a métrica baudelairiana, salvo não mais do que um
punhado disperso de exceções. As notas quiseram-se tão escassas quanto
possível.
Quanto ao mais, a
beleza que há no mal torna-se seguramente mais incisiva se não a embotarmos
com explicações redundantes.
João
Moita»
[Da Nota do Tradutor]
terça-feira, 26 de maio de 2020
A Pandemia que Abalou o Mundo
Disponível em: https://relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: «A Pandemia Que Abalou o Mundo», de Slavoj Žižek (trad. de João Moita)
«Nenhum coronavírus nos pode tirar isto. Há, pois, esperança de que o distanciamento físico venha inclusivamente a reforçar a intensidade do elo que nos liga aos outros. Só agora, que tenho de evitar muitos daqueles que me são próximos, é que sinto plenamente a sua presença, a importância que têm para mim.
Aqui chegados, já estou a ouvir uma gargalhada cínica: está bem, talvez experienciemos esses momentos de proximidade espiritual, mas como é que isso nos vai ajudar a lidar com a catástrofe atual? Tiraremos daí alguma lição?»
[Da Introdução]
domingo, 17 de maio de 2020
segunda-feira, 30 de março de 2020
domingo, 29 de março de 2020
John Keats (I)
Quando me assalta o medo de morrer
Antes de a mente em escrita verter,
E de deixar, redonda, em cartapácios,
Como em silos, a madura semente;
Quando no rosto da noite diviso
Turvos símbolos de um nobre romance,
Sem que para as suas sombras traçar,
Num rasgo de sorte, a vida me sobre;
E quando sinto, ser belo e fugaz,
Que admirar-te não mais me será dado,
Nem me comprazer no excelso poder
Do incauto amor! – Então, do vasto mundo
Me afastando, ponho-me a meditar
Até Fama e Amor no nada afundar.
John Keats, 1818.
*
When I have fears that I may cease to be
Before my pen has gleaned my teeming brain,
Before high-pilèd books, in charactery,
Hold like rich garners the full ripened grain;
When I behold, upon the night’s starred face,
Huge cloudy symbols of a high romance,
And think that I may never live to trace
Their shadows with the magic hand of chance;
And when I feel, fair creature of an hour,
That I shall never look upon thee more,
Never have relish in the faery power
Of unreflecting love—then on the shore
Of the wide world I stand alone, and think
Till love and fame to nothingness do sink.
Subscrever:
Mensagens (Atom)