quinta-feira, 30 de maio de 2019
sábado, 25 de maio de 2019
3 esclarecimentos a propósito de "Uma Pedra sobre a Boca"
1-O que representa, no contexto da sua obra, o livro «Uma Pedra sobre a Boca»?
R- Com este livro faço o balanço e fecho a
tudo o que escrevi: ele é a minha obra. Nele refundo os meus dois
primeiros livros, reduzidos em dois terços e trabalhados até à
deformação, e reedito, também com alterações, inclusões e exclusões, o
meu terceiro livro, Fome, que teve duas edições de pequena tiragem,
entretanto esgotadas. Este momento fixa o que fui capaz de escrever e
ainda não rejeitei, e daqui por diante só concebo que este corpo
diminua, até se tornar essencial, isto é, pura potencialidade.
Significará que me tornei melhor e mais insatisfeito leitor.
2-Qual a ideia que esteve na origem do livro?
R- Como poeta póstumo a mim mesmo, com
escassa obra inencontrável, queria uma última oportunidade para
estabelecer o meu corpus, procedendo às elisões e ajustes que
considerava necessários, ao mesmo tempo que lhe assegurava uma exposição
que, justa ou injustamente – é o que veremos –, nunca teve.
3-Pensando no futuro: o que está a escrever neste momento?
R- Deixei de escrever. Nunca nada me satisfez, e chega de humilhação.
Fonte: Novos Livros
sexta-feira, 3 de maio de 2019
Uma Pedra sobre a Boca
Aqui reúno e refundo toda a minha produção poética.
Sinopse
Uma poesia intensa até na sua escassez. De um dos seus livros, Fome,
disse José Tolentino Mendonça: "A poética de João Moita expõe a
penúria, a falha, a lacuna, a abstinência, a renúncia, a fractura, a
fraqueza, o vazio, o despojamento, o silêncio…", e tendo Tolentino toda a
razão, a poesia de João Moita, como este livro o prova, não deixa de
ser visceral, física e de um erotismo que a concisão verbal não esconde.
Fonte: www.guerraepaz.pt
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