quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Antonio Gamoneda (I)


Ninguém me ensinou uma lágrima;
não senti pulsar na minha garganta
o rouxinol sangrento da luz.

Uma vez disse: «Vem, Deus, vem aos meus lábios,
vem aos meus olhos e à minha sede.» E Deus
só era verdade no silêncio.

Antonio Gamoneda, La tierra e los labios, 1947-53.
- tradução minha -

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