segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Toulouse-Lautrec, Lassitude, 1896.
A noite cai onde ponho a mão: dentro é uma lua que gela. Então procuro o ponto exacto onde conceber a mácula e amar a culpa. Cinco são as luas do meu regresso. Uma a uma, circularmente. O ácido que por vezes levo à boca é a minha sabedoria. Se então me escorre pelos lábios, saberei que delírio me toma? Que ciência descubro? Que inaudita beleza irrompe de mim? Eu sou a minha própria conclusão, a minha destinação. Se me rasgo, desvelo os astros que me espiam. E tantas vezes tropeço numa álgida alegria.

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